por: Jéferson Dantas
Professor universitário e Doutorando em Educação
pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
E-mail: clioinsone@gmail.com. Consultor e articulador pedagógico
na comissão de educação do Fórum do Maciço do Morro da Cruz (CE/FMMC).
Professor universitário e Doutorando em Educação
pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
E-mail: clioinsone@gmail.com. Consultor e articulador pedagógico
na comissão de educação do Fórum do Maciço do Morro da Cruz (CE/FMMC).
A priori, poderíamos dizer que a Síndrome de Desistência do/a educador/a ou Síndrome de Burnout
é um sintoma bastante presente na vida de qualquer trabalhador/a em
educação. Deve-se perceber, todavia, que esta síndrome é
multidimensional, ou seja, carrega consigo pelo menos três elementos
essenciais: 1) Despersonalização; 2) Exaustão emocional e 3) Falta de
envolvimento pessoal no trabalho. Logo, estes três elementos coadunados
revelam uma “situação em que os trabalhadores sentem que não podem dar
mais de si em nível afetivo e percebem esgotada a energia e os recursos
emocionais próprios, devido ao contato diário com os problemas,
endurecimento afetivo, ‘coisificação’ da relação e tendência de uma
‘evolução negativa’ no trabalho”, conforme pesquisa desenvolvida por
Wanderley Codo no final da década de 1990.
Os/as educadores/as, embora tenham controle sobre o
seu trabalho (todas as etapas do processo de produção do conhecimento),
sofrem psiquicamente quando não conseguem atingir os seus objetivos
pedagógicos. Este sofrimento quando não encontra um restauro imediato,
tende a internalizar no/a educador/a uma sensação constante de
impotência diante das demandas estruturais e conjunturais em seu
ambiente de trabalho. Como nos ensina Paulo Freire, precisamos fugir do
discurso fatalista dos governos neoliberais e acreditar numa força capaz
de arregimentar uma “nova rebeldia (...) a ética universal do ser
humano e não a do mercado, insensível a todo reclamo das gentes e apenas
aberta à gulodice do lucro. É a ética da solidariedade humana”. Dizer
isso é...
(clique aqui para continuar sua leitura...)