Nos gibis do Super-homem dos anos 1960 e 1970, antes das histórias descambarem para pirotecnias, existia a Terra Bizarra, um mundo oposto ao nosso, onde tudo era ao contrário, tudo ao inverso. O feio era bonito; o estranho era o bacana. O Brasil é um Mundo Bizarro. As três coisas mais importantes para um país são: água, comida e energia limpa. O Brasil tem os três em abundância, nem assim, vamos para a frente. O mais bizarro de tudo é que agora o excesso de energia limpa passou a ser um problema. Só mesmo num país onde tudo é ao contrário, o excesso de energia limpa pode ser um problema. As instalações privadas de energia solar estão “causando uma pane no sistema de energia”, segundo as autoridades. É isso mesmo que você acabou de ler, prezado cidadão bizarro do país bizarro. O excedente de energia captado por instalações privadas, retorna para as distribuidoras de energia e pode colapsar o sistema de distribuição. Ao mesmo tempo, a falta de chuvas fez as distribuidoras de energia pedirem aos consumidores para poupar energia. Mas não tem excesso? Não é piada, é bizarro. Se há excesso de energia, por que o valor da conta de luz aumenta, em vez de diminuir? Em qualquer economia de mercado, aumenta a oferta, baixa o preço. Não no país bizarro. Se o Brasil não fosse um país bizarro, a energia baixaria de valor, as pessoas consumiram mais e o sistema não ficaria sobrecarregado. Mas no país bizarro, baixar preço é crime. Ainda vamos acusar um criador de galinhas poedeiras que a produção de ovos doméstica está prejudicando o preço da dúzia de ovos. Melhor matar as galinhas. No país bizarro, o errado é o certo. Atualmente, você é um assinante gratuito de Não É Imprensa. Para uma experiência completa, atualize a sua assinatura. |
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quarta-feira, 8 de outubro de 2025
#MundoBizarro
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