Branco e Rosé felizes e Tinto tristonho… Vocês lembram do Putos, né? A marca de vinhos dos humoristas Danilo Gentili, Diogo Portugal e euzinho aqui, que foi processada pela francesa Petrus. A última notícia que a imprensa divulgou foi de que o Putos poderia voltar a ser vendido, mas só branco e o rosé, e só o estoque que está no Brasil, cerca de 22 mil garrafas. Lá em 2024, a Justiça proibiu a venda do vinho no país, como se a gente tivesse tentando vender uma imitação de Petrus. Motivo? Plágio, parasitismo, concorrência desleal… parecia até que tínhamos feito uma versão pirata de Bordeaux na garagem. É como se dissessem: “vocês copiaram nosso rótulo pra enganar o consumidor”. Quem nos dera vender um Putos a preço de Petrus? 60 mil reais a garrafa? Ia resolver o PIB de Portugal e estaríamos aposentados. Pois bem, o INPI, que é o órgão do estado que registra marcas, analisou o rótulo do Putos e deu o veredito: deferido. Ou seja: o próprio Estado brasileiro decidiu que o layout está aprovado, é original e não gera confusão nem com Petrus, nem com nenhum outro vinho. Isso é um baita argumento na Justiça. Agora, se quiserem continuar proibindo, vão ter que inventar outra desculpa. Talvez dizer que “putos” ofende a moral e os bons costumes. Mas aí a gente processa metade do Twitter. E olha a ironia: o nome “Putos” continua parado no INPI porque alguém acha que é obsceno. Só que em Portugal significa “garotos”. Então, no Brasil, você pode vender vinho chamado “Periquita”, mas “garotos” é demais. Empreender aqui é isso: alguém inventa um problema, você briga na Justiça, ganha parcialmente e, na hora de brindar, só pode com branco e rosé, porque o tinto segue proibido. Enquanto isso, continuamos aguardando uma decisão favorável do STJ pra liberação também o vinho tinto. Estamos no caminho certo, mas cada vez menos sóbrios. Atualmente, você é um assinante gratuito de Não É Imprensa. Para uma experiência completa, atualize a sua assinatura. |
Total de visualizações de página
segunda-feira, 29 de setembro de 2025
#PutosDeferidoNoINPI
Assinar:
Postar comentários (Atom)



Nenhum comentário:
Postar um comentário