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A lógica da cegueira.

O livro “Ensaio sobre a cegueira” do escritor português José Saramago e recentemente levado às telas pelo diretor brasileiro, Fernando Meirelles, é uma metáfora extremamente lúcida da incapacidade humana em construir laços de solidariedade, mesmo diante de uma tragédia comum. Saramago relata com bastante sensibilidade como as pulsões mais instintivas e/ou bárbaras corroem uma sociedade pautada no desprezo à vida e ao seu semelhante. Uma explosão anômica sem precedentes, que não escolhe grupo social, gênero ou etnia.
A lógica da “cegueira humana” se configura, nesta direção, na incompreensão coletiva de como se engendram todas as formas de exploração de homens, mulheres e crianças; o porquê de existir tanta desigualdade social e concentração de renda; e a naturalização da violência em suas dimensões física e simbólica. É esta mesma cegueira que inviabiliza lutas sociais mais consistentes; que lança à margem àqueles/as que nunca terão acesso ao processo de escolarização e, que por esta mesma razão, correm o risco de serem inempregáveis e mais propensos à indigência.
Contraditoriamente, combatemos exaustivamente...

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De lixo, roupas, solidariedade.

“Desde o 11 de setembro de 2001 que o mundo não tem sido original. Não que eu deseje que atentados dessa magnitude se repitam: já bastam os homens-bomba, que viraram rotina. É só um desabafo: hoje, os absurdos se sucedem em escala industrial e os fatos novos são como mariposas, nascem e morrem no mesmo dia”. (Martha Medeiros, ZH 12.05.10)
Roupas são simplesmente artigos para quem não precisa fazer uso delas. Não tem nenhum significado para além do valor mercadológico (do quanto custam). Se não valem mais nada, porque não servirem ao lixo? A imagem de um monte de roupas depositadas no lixão em Passo Fundo revela faces da crueldade humana que já fazem parte de nossa humanidade. A imagem impressiona tanto porque ela lembra outra imagem: a de crianças, jovens e velhos, em dias de frio, passando frio por não terem roupas suficientes para se aquecer em nosso rigoroso inverno. Surge, então, a mais intrigante pergunta: o que é que motivou alguma pessoa a decidir que estas roupas, ao invés de servir para agasalhar, tivessem o destino de um lixão?
Uma das razões talvez seja a de que estamos desaprendendo solidariedade. Ser solidário não é desfazer-se de coisas que a gente não deseja mais para oferecê-las aos outros. Ser solidário não é, muito menos, livrar os guarda-roupas das roupas e sapatos velhos. Ser solidário, verdadeiramente, é dar algo de si para os outros, sem esperar nada em troca. É ser capaz de doar um pouco do que temos para alguém que pouco ou nada tem. É compadecer-se do sofrimento alheio, fazendo sempre uma ação que possa, efetivamente, aliviar o sofrimento dos outros.
Pois, talvez, as roupas encontradas no lixão...

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