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A não-reflexão e a política.


Falta-nos reflexão, pensar, precisamos do trabalho de pensar, e parece-me que, sem ideias, não vamos a parte nenhuma”.
(José Saramago, em última mensagem, postada em seu blog)
Ficamos com a impressão de que as futilidades e apetrechos tomaram, definitivamente, o lugar da reflexão. Não temos tempo para nos ocupar com os pensamentos, mas temos um ingênuo orgulho em nos ocupar com as coisas que despertam o entretenimento, o descompromisso e os prazeres mais imediatos. Fomos transformados numa massa amorfa, acomodada, com poucos vestígios de indignação e questionamento. Somos apenas bons consumidores de tudo aquilo que outros pensaram ser o melhor para a vida da gente.
O mais intrigante e perigoso em nossa cultura de não-reflexão é que abrimos mão das responsabilidades para com a gente e para com o mundo. Sem reflexão, não geramos conhecimentos. Já sem os conhecimentos, que geraríamos pela reflexão, não temos compromissos senão com a nossa própria ignorância. Sem compromissos com a vida e com o planeta, parecemos mais suaves, mais livres, mais soltos. Mas será?
Pois há muito tempo ensinamos de que pensar é algo perigoso. Que o melhor é sempre a gente se adaptar aos processos que organizam o mundo. Que a gente deve cuidar de si e deixar Deus cuidar de todos. Que os insatisfeitos e descontentes que se retirem do lugar ou da posição em que se encontram, no caso de discordância com aquilo que parece imutável. Ensinamos, também, a amar as coisas antes de amar a gente. Assim aprendemos de que...

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De lixo, roupas, solidariedade.

“Desde o 11 de setembro de 2001 que o mundo não tem sido original. Não que eu deseje que atentados dessa magnitude se repitam: já bastam os homens-bomba, que viraram rotina. É só um desabafo: hoje, os absurdos se sucedem em escala industrial e os fatos novos são como mariposas, nascem e morrem no mesmo dia”. (Martha Medeiros, ZH 12.05.10)
Roupas são simplesmente artigos para quem não precisa fazer uso delas. Não tem nenhum significado para além do valor mercadológico (do quanto custam). Se não valem mais nada, porque não servirem ao lixo? A imagem de um monte de roupas depositadas no lixão em Passo Fundo revela faces da crueldade humana que já fazem parte de nossa humanidade. A imagem impressiona tanto porque ela lembra outra imagem: a de crianças, jovens e velhos, em dias de frio, passando frio por não terem roupas suficientes para se aquecer em nosso rigoroso inverno. Surge, então, a mais intrigante pergunta: o que é que motivou alguma pessoa a decidir que estas roupas, ao invés de servir para agasalhar, tivessem o destino de um lixão?
Uma das razões talvez seja a de que estamos desaprendendo solidariedade. Ser solidário não é desfazer-se de coisas que a gente não deseja mais para oferecê-las aos outros. Ser solidário não é, muito menos, livrar os guarda-roupas das roupas e sapatos velhos. Ser solidário, verdadeiramente, é dar algo de si para os outros, sem esperar nada em troca. É ser capaz de doar um pouco do que temos para alguém que pouco ou nada tem. É compadecer-se do sofrimento alheio, fazendo sempre uma ação que possa, efetivamente, aliviar o sofrimento dos outros.
Pois, talvez, as roupas encontradas no lixão...

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