A decisão do governo Donald Trump de retirar Alexandre de Moraes e sua família da lista da Lei Magnitsky produziu um efeito imediato no bolsonarismo: a súbita transformação do ex-presidente americano, antes tratado como aliado estratégico, em alvo de críticas abertas. A irritação pública expôs um desalinhamento que vinha sendo contornado por gestos simbólicos, mas que agora emergiu sem filtros. Nas redes sociais, figuras O diminuto Carlos Jordy, por sua vez, acusou Trump de ter “banalizado” a Magnitsky e ainda ousou afirmar que o bolsonarismo depositou expectativas demais em alguém que “só queria negociar” — uma admissão tardia de que a política externa americana costuma sempre priorizar interesses econômicos americanos. Um senador catarinense conhecido como Jorge Seif Jr. tentou explicar a decepção atribuindo o recuo às pressões domésticas enfrentadas por Trump, como a alta no preço de alimentos importados do Brasil e a queda em sua popularidade. Para ele, a reversão das sanções apenas confirma que, na arena internacional, prevalecem o pragmatismo geopolítico e as necessidades do mercado. Mesmo figuras bolsonaristas menores, e mais ideológicas, como Luiz Philippe de Orleans e Bragança, adotaram um tom amargo ao afirmar que os EUA deram ao Brasil um “presente de Natal” ao favorecer “corruptos e corruptores”. ‘ A exceção foi o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante, que agradeceu ao governo americano e tentou preservar a narrativa de alinhamento. Essas reações revelam o fim de uma ilusão: a de que Trump atuaria como patrono da direita brasileira. Com a retirada da Magnitsky, restou ao bolsonarismo a constatação, quase didática, de que a política americana — como qualquer outra — não opera por devoção ou rachadinhas familiares, mas por interesses nacionais. Uma coisa que eles nunca entenderam. Atualmente, você é um assinante gratuito de Não É Imprensa. Para uma experiência completa, atualize a sua assinatura. |
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sábado, 13 de dezembro de 2025
#BolsonarismoDecepcionado
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