Há filósofos que erguem sistemas como catedrais. Wittgenstein preferiu abrir janelas. A sua obra inteira parece movida por esse gesto: deixar entrar ar numa casa conceitual que, ao longo dos séculos, se tornou pesada, abafada e sagrada demais para ser habitada por gente comum. Ele olhou para a linguagem — essa trama que envolve tudo o que somos — e percebeu que os problemas filosóficos brotavam menos do mistério do mundo e mais das sombras projetadas por palavras mal compreendidas. Onde outros procuravam doutrinas eternas, ele buscava clareza. Sua vida, como mostra Ray Monk, na biografia Wittgenstein: o dever do gênio, confirma essa luta íntima entre rigor e inquietação, entre silêncio e revelação — uma luta que, como também destaca Gunter Gebauer em O Pensamento Antropológico de Wittgenstein, tem raízes tão existenciais quanto corporais, tão lógicas quanto humanas... Assine Não É Imprensa para desbloquear o restante.Torne-se um assinante pagante de Não É Imprensa para ter acesso a esta publicação e outros conteúdos exclusivos para assinantes. Uma assinatura oferece a você:
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quarta-feira, 17 de dezembro de 2025
#AsJanelasDeWittgenstein
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