Obrigado pela sua leitura! Depois da investida que o governo do Rio de Janeiro deu nesta semana contra o narcoestado que já comanda as nossas vidas, ficou evidente de que Tarcísio de Freitas, Ricardo Nunes, Fernando Haddad, Jair Bolsonaro e Lula são sujeitos que jamais pensaram ir contra o status quo. Afinal, não pensam duas vezes antes de aumentar o valor das passagens de ônibus e de metrô, o imposto de renda, a vigilância no PIX e - aguardem - recriarem o tabelamento de preços no supermercado (duvidam? aguardem, aguardem). Ou seja: tudo o que exatamente o status quo manda fazer para sufocar o resto da sociedade. Não tem como isso dar certo. Portanto, meus amigos, preparem-se para um repeteco do “novo tempo do mundo” (que, a propósito, graças a Luigi Mangione, natural born killer, está cada vez mais novo e cada vez menos velho). Enquanto isso, durante a sua visita ao Japão há algumas semanas, Lula resolveu se exibir com um par de tênis que custa cerca de 10 mil reais, enquanto profere frases vazias que deveriam, na cabeça dele, seduzir o cidadão, sem contar que, na cabeça dele, o traficante de drogas é a vítima do usuário. E por falar nele (o cidadão; não o traficante ou o usuário), o ano todo o coitado é obrigado a ser tratado como um lixo pelo seu banco de estimação, para depois, no final do ano, ter de assistir comerciais hipócritas exigindo “respeito” para lá e para cá. Quando o Brasil coringar a lá Mangione (se já não coringou e não fomos avisados disso), todo mundo vai proferir resmungo atrás de resmungo, de conservadores a esquerdopatas. Não foi por falta de aviso, pessoal. Nesse meio tempo, para aproveitar o clima de primavera, já lhes digo que o único respeito que desejo é o de Aretha Franklin. Por isso, para manter o “respeito”, já alerto que, no último mês, as assinaturas para esta newsletter caíram de forma significativa, o que pode prejudicar a sua manutenção em um futuro próximo. As últimas semanas foram agitadas por aqui: participei de um evento na USP (abaixo está o vídeo para quem quiser saber como foi) e, até o final de 2025, além da publicação habitual de textos, preparei um novo curso (um prosseguimento das aulas de De Zero a Nero) e uma entrevista com um dos nossos grandes escritores brasileiros (surpresa! surpresa!). Como um dos herdeiros de Bruno Tolentino (junto com Guilherme Malzoni Rabello, Juliana Perez e Renato José de Moraes), também fechei uma parceria com a Pessôa Editora para publicar toda a sua obra completa. Em breve teremos novidades instigantes a respeito: E, no final de outubro, escrevi um ensaio para a Folha de São Paulo sobre o filme Uma Batalha Após a Outra, de Paul Thomas Anderson, e suas diferenças em torno de Vineland, o romance de Thomas Pynchon que lhe serviu de inspiração: Contudo, a partir de dezembro, tudo é uma incógnita.Portanto, quem deseja que esse lugar de pensamento independente (sim, mando a modéstia às favas) continue, peço-lhe que assine o botão abaixo, de preferência com um valor mensal (R$ 20); mas se também achar que a quantia pode ser maior (e melhor), uso das palavras de Philip Roth em Operação Shylock: faça o que a sua consciência mandar. De qualquer maneira, a casa agradece. Um abraço do MVC You're currently a free subscriber to Presto. For the full experience, upgrade your subscription. |
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sexta-feira, 31 de outubro de 2025
Contra O Cidadão Comum
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