#NarcoEstadoA execução do ex-delegado Ruy Ferraz Fontes acendeu um alerta no país. Mas é uma luz temporária. Em menos de uma semana a gente já vai ter esquecidoNuma entrevista para o Estadão, o promotor Lincoln Gakiya, que investiga o PCC há mais de 20 anos, diz que “o Brasil caminha a passos largos para se tornar um narcoestado”. Eu discordo. O Brasil já é um narcoestado há muito tempo. A prova é o próprio promotor Lincoln Gakiya, que combate o PCC há mais de 20 anos, mas vê seu trabalho ser inutilizado por uma política cada vez mais permissiva com a lavagem de dinheiro e o tráfico de drogas que, sejamos sinceros, só sobrevive por conta do aumento do consumo. Segundo uma pesquisa da Unifesp, 11 milhões de brasileiros já usaram cocaína ou crack. Quase a metade faz uso recorrente de drogas. Se o corte estatístico for feito entre os jovens, a proporção de usuários é 7,4%. Já um estudo da OMS indica um aumento mundial de 20% no consumo de drogas nos últimos 10 anos. Na entrevista ao Estadão, o promotor Lincoln Gakiya diz que não quer ser o profeta do apocalipse, “mas não dá para ser muito otimista”. O Ministério Público e São Paulo mapeou a atuação do PCC no mercado mundial. A organizaçxão criminosa está presente em mais de 28 países da Europa. Nos EUA, o FBI já identificou lavagem de dinheiro do PCC e do Comando Vermelho nos estados de Nova York, Flórida, Nova Jersey, Massachussets, Connecticut e Tennessee. No começo do ano, o governo Trump enviou, David Gamble, o fatboy das sanções, com uma proposta para enquadrar os nossos traficanges como membros de organizações terroristas, permitindo que, pela legislação americana, os EUA possam impor sanções mais pesadas à ação dos criminosos brasileiros. Mas o nosso governo, a nossa diplomacia e nossos intelectuais rejeitaram a proposta alegando que “o sistema legal nacional não considera facções criminosas como terrorismo, uma vez que a atuação desses grupos não atende a uma causa ou ideologia, mas sim a busca por lucro em diversas atividades ilícitas”. Conversa mole. No país do STF que abre inquéritos ilegais, que ignora solenemente o Devido Processo Legal e faz malabarismos jurídicos para soltar bandidos confessos que roubam dinheiros públicos, não seria muito difícil mudar uma classificação no sistema e inserir as fações do crime numa lista de terrorismo. Ainda na sua entrevista ao Estadão, o promotor Lincoln Gakiya afirmou que
Mas na narcodemocracia brasileira, criminosos podem tocar o terror vendendo drogas, armas contrabandeadas e até ter algumas autoridades na folha de pagamentos. Atualmente, você é um assinante gratuito de Não É Imprensa. Para uma experiência completa, atualize a sua assinatura. |
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quinta-feira, 18 de setembro de 2025
#NarcoEstado
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