Do quintal ao Templo (pt.01) A poesia de Adélia Prado é uma presença transformadora em minha vida e nesses meus setenta anos, posso afirmar que sua obra funcionou como uma ponte invisível, conectando experiências pessoais, minhas buscas espirituais e minhas metamorfoses. Desde jovem, ainda cheio de incertezas, sonhos e descobertas, a poesia de Adélia foi uma companhia silenciosa, guiando-me enquanto tateava por algo maior, buscando entender o mundo ao meu redor e me conhecer mais profundamente. Esse meu vínculo com sua poesia motivou-me a me aproximar mais de outros poetas. Está certo o poeta Bruno Tolentino quando resume: “Adélia é a poetisa do ritmo, do instante e do precário indizível”. Com simplicidade e profundidade, ela alcança leitores atentos, dialogando com a tradição dos poetas católicos brasileiros, como Jorge de Lima, Tasso da Silveira, Murilo Mendes, Adalgisa Nery, Dora Ferreira da Silva e, em Goiás, com Sônia Maria Santos. Cada um desses poetas e poetisas trouxe uma perspectiva pessoal e única do Sagrado, e eu vejo em Adélia uma voz singular nesse mosaico. É claro que ao começar este artigo, pensei: fora Dora, Cecília e Sônia, eu nunca havia dado a devida atenção às poetas mulheres católicas, nem mesmo havia tido coragem de escrever sobre a poesia de dona Adélia... Continue a leitura com um teste grátis de 7 diasAssine Livraria Trabalhar Cansa para continuar lendo esta publicação e obtenha 7 dias de acesso gratuito aos arquivos completos de publicações. Uma assinatura oferece a você:
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sábado, 9 de agosto de 2025
Do quintal ao Templo (pt.01)
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