Uma geografia metafísica por Alexandre Sartório No próximo encontro da trabalhar cansa, que acontecerá hoje, 28/07, conversaremos sobre o livro de poemas Geografia, da portuguesa Sophia de Mello Breyner Andresen. Se nos livros em prosa que estudamos nos encontros anteriores – de Graham Greene, Otto Lara Resende e Georges Bernanos –, demos atenção especial ao caminho que as obras percorrem, desde o realismo, da observação e da análise das coisas deste mundo, até o mergulho metafísico, a meditação sobre as coisas permanentes que fundamentam a realidade, refletiremos como, em Geografia, a poeta parte de impressões do espaço geográfico, para, por meio da transfiguração realizada pelos seus versos, se aproximar do espaço perfeito, o espaço metafísico que se espelha ou toma forma para nossa percepção no espaço do poema. Como se voltasse ao “primeiro dia conhecido” (“Ali, então”), mergulhasse na “ordem intacta do mundo” (“Antinoos”, p. 85). Vejamos como isso se dá no primeiro poema do livro: “Ingrina” (p. 29):
Nele estão presentes uma série de palavras e elementos importantes para o livro: mar, natureza, sol, luz, origem, geografia, tempo, espelho, música, palavra, poesia, morte, renascimento, reunião... Continue a leitura com um teste grátis de 7 diasAssine Livraria Trabalhar Cansa para continuar lendo esta publicação e obtenha 7 dias de acesso gratuito aos arquivos completos de publicações. Uma assinatura oferece a você:
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segunda-feira, 28 de julho de 2025
Geografia, de Sophia de Mello Breyner
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