O perito da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do TSE, Eduardo Tagliaferro, apresentou à Comissão de Segurança Pública do Senado um relatório chamado “Arquivos do 8 de Janeiro”. A imprensa noticia as ilegalidades que, talvez quem sabe, Moraes tenha cometido tanto durante as eleições de 2022, quanto no pós 8 de janeiro. Aparentemente, deveríamos colocar um “supostamente” diante de cada acusação. Mas como aqui Não É Imprensa, vamos poupar o leitor. Afinal, quem acusa Moraes não somos nós, certo? É o assessor dele, homem que era de sua total confiança para assuntos criativos e que agora também está sendo acusado, para surpresa de ninguém, de tentar abolir nosso belo e frondoso estado democrático de direito. Eis algumas das acusações: — Perseguir só político, blogueiro, ativista e jornalistas de direita. Nenhum vaso comunicante com a realidade, certo? — Conluio entre juiz e procurador. Será? Não pode ser. Isso é coisa só da Lava Jato. — Organizar uma espécie de força-tarefa paralela que incluía até ajuda dos universitários. — Criativamente, emitir certidões que justificavam prender pessoas que, por exemplo, teriam um dia criticado Lula nas redes sociais. — E produzir, com data retroativa, relatório para justificar uma operação de busca e apreensão, em agosto de 2022, contra empresários bolsonaristas. Tagliaferro disse que ele colaborou com a elaboração desse documento e um laudo pericial atestou a autenticidade dos arquivos que ele apresentou como prova da fraude. Não são apenas polêmicas. São acusações muito sérias e, é sempre bom lembrar, não foram feitas por um hacker de Araraquara. E se até chamar Lula de ladrão ou se irritar com um ministro num aeroporto já basta para um cidadão ser investigado, multado ou preso, seria de bom senso aplicar o mesmo rigor nesse caso. Moraes aprovaria, afinal, ele mesmo falou que o Estado democrático de direito deve ser defendido com coragem e independência, não é? Mas ele só rebateu as acusações, afirmando que todos os procedimentos foram oficiais, regulares e devidamente registrados nos autos. Bem, se Moraes acredita que a gravidade das acusações podem ser resolvidas com notas oficiais... quem somos nós para questionar tanta independência e coragem, não é mesmo? O fato é que não há a quem recorrer – a não ser à prudência e bom senso dos senadores e ministros do STF. Ou seja, ninguém. O máximo que poderá ocorrer será um novo acordão entre todos. O acordão que se desenha não é apenas um pacto de silêncio, é um seguro institucional para 2026. No qual até mesmo Tarcísio, provavelmente, já está comprometido. Assim, caso ele vença as eleições em 2026, já estará com o rabo, ou melhor, com alianças bem costuradas com todos os poderes poderosos da ré-pública. Um déjà vu da frente ampla de Lula, mas, ao que tudo indica, sem Bolsonaro na foto. Atualmente, você é um assinante gratuito de Não É Imprensa. Para uma experiência completa, atualize a sua assinatura. |
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quinta-feira, 4 de setembro de 2025
#TagliaferroAcusa
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