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domingo, 5 de abril de 2015

Sociedade e Cultura - Aula 06 - Portfólio semana 6

DemocraciaNesta aula trataremos dos temas: democracia grega, valores democráticos na antiguidade e democracia moderna.



Particularmente me parece que essa nova visão tentando tirar méritos da democracia Grega nada mais é que um tremendo "recalque", para não dizer que do ponto de vista histórico e antropológico vai em desencontro com todas  as teorias que diz ter que respeitar o ponto de vista do acontecimento. Se mantivermos esse raciocínio menosprezador sobre a história, daqui a décadas ou mesmo séculos, haverá mudanças e diremos que tal fato não ocorreu porque uma mudança futura não havia sido implantada naquele período.Falar que apenas inventou é ignorar que os critérios eram apenas mas celetistas, e ainda o são, pois hoje em dia tem que ter titulo, tem que estar em dia, blá blá blá...Portanto quando mudarem algum fator para votação no futuro nossa democracia também não terá existido.voltando a democracia “[...] Na origem da polis, porém, encontram-se outros fatores. A partir do
século VIII a.C., o renascimento do comércio – que ganha impulso com a invenção da moeda cunhada – termina com o isolamento das aldeias. Isso leva a uma união que acaba por dissolver as antigas linhagens tribais. A sociedade torna-se mais complexa. Deixa de ser um aglomerado de agricultores e artesãos – o demos – reunidos em torno do palácio central. Também o centro da cidade sofre uma mudança radical. Passa a ser a agora, a praça pública, onde acontecem as transações comerciais e as discussões sobre a vida da cidade, a começar por sua defesa. O acesso à agora torna-se cada vez maior, estendendo-se, com a instituição da democracia, a todos os que têm direito à cidadania, ou seja, habitantes do sexo masculino, adultos, e sem ser estrangeiros ou escravos. Essa nova forma de organização social e política é a polis, cujas características, segundo o historiador francês Jean Pierre Vernant, são a supremacia do logos (que significa “palavra”, “discurso” e “razão”), pois a decisão sobre os assuntos públicos depende apenas: da força das palavras dos oradores, cuja condição social e econômica não é mais levada em conta; do caráter público das discussões políticas, que deixam de ser privilégio de grupos (as leis são elaboradas em conjunto e depois escritas, para que todos possam conhece-las); da ampliação do culto, uma vez que a religião já não é um saber secreto de reis e sacerdotes, mas sim algo afeito ao Estado, público, acessível a todos. Essa revolução política foi fundamental para o desenvolvimento do pensamento humano. Na polis, com os cidadãos em pé de igualdade, vence que sabe convencer.. É preciso valer-se exclusivamente do raciocínio e da correta exposição de idéias – em suma, do logos. Essa fórmula de raciocinar, de falar e até de polemizar não se limita à política, porém. Passa a ser o critério para pensar qualquer coisa.[...]” O desenvolvimento da polis. In: História da Filosofia. Coleção os Pensadores.
São Paulo: Nova Cultural, 2004, págs.17-18. 

Costuma-se dizer que o povo brasileiro já atingiu um alto grau de maturidade política. É um "lugar comum",que só parcialmente corresponde a realidade com efeito, não se podendo negar que uma parte do eleitorado, adquiriu uma consciência mais nítida, dos seus deveres e da sua responsabilidade, no exercício do voto, como expressão legítima da vontade do eleitor. Mas apenas uma parte. A grande maioria, vota pensando, tão somente os seus interesses particulares (da sua pessoa, da
sua classe social ou do seu grupo econômico), ou regionais (do município ou do estado) - raramente com os olhos voltados, paraos problemas da nação. O eleitor comum, tem uma visão doméstica, para não dizer pessoal, dos problemas do país, e é isto que tem contribuído para que os partidos de âmbito nacional, não passem em última análise, de um grupo despreparado, formado por partidos regionais.
 Os governantes, estão despreparados para exercer suas tarefas, não conseguindo cumprir suas promessas eleitorais, deixando para traz o sonho de uma população de ver um país melhor sem tantas desigualdades sociais. Por isso governar democraticamente, não se limita a encher de votos as urnas. Democracia é muito mais do que isso, pois governar, envolve a vida dos cidadãos em suas atividades práticas, em, busca do bem comum, por meio da produção econômica. A democracia, prega a
liberdade, a autonomia e o desenvolvimento da personalidade individual, concedendo a cada pessoa uma parcela de responsabilidade política.
 A democracia foi concebida para emancipar o indivíduo, porém na prática tem de a dominá-lo, no anonimato das massas.  
"O instrumento de governo, é o problema político primordial enfrentado pelos grupos humanos", freqüentemente , o conflito na família é resultado desse problema. Esse problema passou a ser muito sério, depois da constituição das sociedades modernas.Atualmente, os povos enfrentam esse problema persistente, e as comunidades sofrem os vários perigos e as graves conseqüências
dele provenientes. Não conseguindo, ainda, resolvê-lo definitiva e democraticamente. 
Todos os regimes políticos do mundo atual , são produtos da luta pelo poder entre os instrumentos de governo . A luta, pode ser pacífica ou armada , como a luta de classes, seitas, tribos, partidos ou indivíduos. O resultado dessa luta, é sempre a vitória de um instrumento de governo, seja um indivíduo, grupo, partido ou classe, e a derrota do povo, a da democracia genuína.
Não devemos distanciar das definições atuais elencadas na definição do dicionário de Política:

Na teoria política contemporânea, as definições de democracia estão representadas em uma série de "procedimentos universais". Entre estes:
 1) o órgão político máximo deve ser composto de membros direta ou indiretamente eleitos pelo povo;
 2) junto do supremo órgão legislativo deverá haver outras instituições com dirigentes eleitos; 
3) todos os cidadãos que tenham atingido a maioridade, sem distinção de raça, religião, censo, sexo, devem ser eleitores; 
4) todos os eleitores devem ter voto igual; 
5) todos os eleitores devem ser livres em votar segundo sua própria opinião formada o mais livremente possível:
 6) devem ser livres também no sentido de terem reais alternativas de escolha na eleição; 
7) para todas as eleições fica estabelecido o princípio da maioria numérica; 
8) nenhuma decisão tomada por uma minoria deve limitar os direitos da maioria; 
9) o órgão do Governo deve gozar de confiança do parlamento ou do chefe do poder executivo eleito pelo povo.


Os métodos  do exercício da democracia, o espirito de iniciativa, as atividades populares e desenvolvimento da comunidade devem adaptar-se as diferentes culturas, costumes, instituições, atitudes. Esses métodos falharão, a menos que, tais diferenças sejam levadas em conta.
                Diferentes culturas podem empregar métodos para aperfeiçoar o exercício da democracia, através de pessoas que se agrupam e põem em pratica o espirito de iniciativa o desenvolvimento da comunidade e da vida grupal. Tendo em vista a revitalização e a conservação da democracia, com muitas análises, que podem ser aplicadas tanto as sociedades urbanas como as rurais.



PARA SE APROFUNDAR  MAISPortfólio semana 5

Ola de carlor







EDUCAÇÃO: A EMERGÊNCIA DE UM NOVO PARADIGMA

por: Matheus Arcaro
(fonte encontrada na íntegra do texto)
Muitos pensadores afirmam que estamos vivendo um período paradoxal de transição: já conseguimos, em certo sentido, conceber a realidade como algo complexo e que, portanto, requer um pensamento abrangente, entretanto, essa complexidade ainda não foi incorporada em grande parte da ciência, na sociedade e na educação.
Remontemos a origem desse modelo racional fragmentador e dominador que ainda cerceia o homem: Várias correntes formam a base do pensamento ocidental moderno, dentre elas a Revolução Científica, o Iluminismo e a Revolução Industrial. Em meados do século XVI, a visão de um mundo orgânico, vivo e espiritual, presente na medievalidade, começou a ser substituída pela noção de mundo-máquina. O homem foi colocado como senhor do universo e, pela ciência, poderia e deveria dominar a natureza. Francis Bacon, com seu método de investigação científica que procurava descrever a natureza matematicamente e Galileu Galilei, pai do experimentalismo científico que substituiu a argumentação lógica da dialética formal pela observação dos fatos em si, são grandes expoentes da formação do pensamento moderno. Contudo, duas figuras merecem mais atenção: René Descartes e Isaac Newton. Descartes, patrono do racionalismo, cindiu o homem em corpo e mente e instaurou a superioridade da mente sobre o físico; o culto ao intelecto em detrimento à sensibilidade que vem gerando profundas patologias sociais. Newton, por sua vez, concebeu o universo como um sistema mecânico que funciona de acordo com leis físicas e matemáticas imutáveis. Esse determinismo universal deu origem à idéia de que, para compreender o real, seria preciso dominar e transformar o mundo pela técnica. Técnica esta que serviu de base para a Revolução Industrial, que aumentou desmesuradamente o poder do homem sobre a natureza e automatizou o trabalho humano.
A Ciência Clássica amarrou-nos aos sentidos; mutilou-nos, dividindo-nos em duas substâncias distintas; cegou-nos para o todo ao priorizar as partes; desprezou a qualidade ao enaltecer a quantidade; ignorou as interações entre os indivíduos, entre a ciência e a sociedade, entre a técnica e a ética. O homem alienou-se da natureza.
Obviamente, seria leviandade negar que o desenvolvimento da ciência trouxe e traz grandes benefícios para a humanidade. Entretanto, não podemos deixar de sublinhar o outro lado: ele provocou uma significativa perda em termos de sensibilidade, estética e valores.
Na área educacional, especificamente...

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sábado, 4 de abril de 2015

Sim, Ensino Reflexivo? S.E.R. é a resposta!


por: Dr. Silvio Wonsovicz
Presidente do S.E.R.
Encontramo-nos num estágio em que um dos maiores desafios que se apresentam é uma educação que oportunize ao sujeito, de forma ampla, uma visão e uma ação que integrem os vários campos do conhecimento. É um momento de reflexão, de estruturação de novos paradigmas e avaliação das conquistas.
Nesse contexto, a Educação para o Pensar com e por meio da filosofia, junto com a efetivação do Sistema de Ensino Reflexivo S.E.R. nas escolas do país, exerce um papel fundamental no sentido de estabelecer a mediação entre esse momento de mudança, os valores preestabelecidos e o que queremos. Isso significa que também o papel da filosofia foi, além de resgatado, ampliado. É necessário então um instrumental que coloque esses problemas em evidência e permita sua discussão séria e responsável.
Criar condições para fazer uma educação com base no método filosófico dialógico, de investigação e formação de conhecimentos. Pois, pela filosofia, temos, historicamente construído meios de avaliar e estabelecer paradigmas que possam contribuir, neste tempo de inovações e necessidades de reflexões, em todos os segmentos.
No intuito de formar cidadãos reflexivos que possam, conscientemente, dentro de uma práxis, entender e intervir nesse processo de mudanças é que se faz necessária uma Educação para o Pensar. Onde o ensino da filosofia sirva de base para a formação de educadores e educandos reflexivos, em todas as disciplinas.
Entendendo que hoje a formação do indivíduo passa necessariamente pela escola, a filosofia, para cumprir seu papel educacional, precisa também ser inovadora e estabelecer novos métodos educativos que lhe permitam estar presente em todo o processo educacional. Não é possível aceitar um filósofo que...

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sexta-feira, 3 de abril de 2015

Sin Título Número Uno


Frase de la semana
"Deberíamos usar el pasado como trampolín y no como sofá."
-Harold Macmillan
Las explicaciones psicoanalíticas no consiguen que la sorpresa sea menor por el inefable misterio de las cosas (Lo que la Filosofía debe al Psicoanálisis).
Por ejemplo, que un poco de sed se convierta en el desierto del Sahara (El Sahara).
O que una infancia -con o sin “problemas”- devenga en una enfermedad en la que aparecen ojos en todo el cuerpo, y hasta en la planta de los pies, de modo que se pueda verlo todo, hasta el suelo pisado (El todo y la nada).
I
A mis quince años, yo tenía dos novios: uno diurno y otro nocturno (Bioquímica y sociología del amor).
Con el diurno íbamos a la plaza, nos robábamos besos entre los árboles, mirábamos hechizados las olitas del lago del Parque del Sur, como si fueran las del mar, y el mundo empezaba todos los días con nuestro amor, y terminaba a las ocho de la noche en punto también con él, despidiéndonos en la puerta de mi casa (El arte de hacer el amor).
El novio nocturno era otra cosa: aparecía después de cerrar los ojos, pero, a pesar de esto, siempre cuando yo estaba leyendo en una silenciosa habitación de algún lugar desconocido (Monstruos y animales desconocidos. El universo onírico de la criptozoología).
Se sentaba a mi lado y continuábamos la lectura de unos versos redactados en claves casi musicales sobre algo así como papel de pentagrama -signos de un idioma tal vez extraterrestre (Memoria “Ovnis”).
Después que terminábamos el libro, mi novio me miraba a los ojos un momento, me besaba la mano con unción y remontaba vuelo; salía por una ventanita que aparecía siempre en el momento preciso.
Esto sucedió durante muchas noches, hasta que en una no vino él, sino el poeta Baudelaire (Entre palíndromos y retruécanos: cuando el aparato social se pone en marcha).
Baudelaire me cerró de golpe el libro y dijo en perfecto  y argentino castellano: “Vamos, dejá de leer este bodrio, que así después es lo que escribís… Voy a dictarte los versos más hermosos del mundo”.
No comprendo cómo aparecieron  el papel y la tinta sin que yo hiciera un solo gesto para conseguirlos, pero en efecto él me dictó el poema más perfecto de los que yo había leído hasta entonces, inclusive mejor que cualquiera de los suyos que leía en traducciones diurnas.
Después, sin una mirada, sin besarme la mano, se fue y no vino más.
Para no crear falsa expectativa entre mis amigos, les anticipo que no podrán tener acceso al material que me dictó: del mundo nocturno al diurno no puede traspasarse nada, aunque sí puede hacerse lo contrario.
II
Iba por un desierto, con una sed espantosa.
Caminaba sin pausa, porque estaba claro que lo que más deseaba era arribar a alguna parte, pero sufría inexpresablemente.
Lo peor: cada diez o veinte metros había una botella de Coca Cola helada -sí, no sé cómo la mantenían helada- incrustada en la arena. Pero ¡sobre cada botella estaba marcado el precio, y yo no llevaba ni un centavo, había olvidado el monedero! Además, en el mismo cartel y a modo de publicidad competitiva, rezaba: “No es un espejismo”.
Es inútil contar cómo me revisaba los bolsillos de la túnica blanca en busca de monedas, mientras repetía: “Pero es imposible… si yo siempre guardo muchas monedas para el colectivo, no puede ser que ahora no tenga, ahora que me muero de sed”.
Y no tenía…
Lo curioso es que, en semejante estado -desesperación y deshidratación- yo no atinaba a cruzar los márgenes del “delito” o el “pecado” y a tomarme gloriosamente un litro de Coca fría; se ve que en mi inconmensurable honestidad, prefería morir, cuestión que en la vida diurna suelo manejar de otra manera.
(Continúe leyendo este artículo y deje su opinión en nuestro Blog Editorial: "Sin Título Número Uno")
Por Mora Torres.

 
 

Sugerencias del Lector
Lecturas:
Carta abierta a la Junta Militar, por: Rodolfo Walsh.
http://www.literatura.org/Walsh/rw240377.html
 
El Arbitraje Internacional - Mundialización, integración y contratación pública internacional.
http://www.monografias.com/cgi-bin/jump.cgi?ID=144567
 
Estética (Filosofía del Arte) - Kant, Hegel, Gadamer y Heidegger.
http://www.monografias.com/cgi-bin/jump.cgi?ID=144881
 
Empresa, Economía y Negocios
El Contador Público ante el problema ético - Ensayo crítico.
http://www.monografias.com/cgi-bin/jump.cgi?ID=144548
 
Estructura de desarrollo de un plan de negocios de E-business - Negocios virtuales: elementos básicos.
http://www.monografias.com/cgi-bin/jump.cgi?ID=144809
 
Computación e Internet
Análisis semántico -traductor descendente- usando polimorfismo con C# - Nivel avanzado.
http://www.monografias.com/cgi-bin/jump.cgi?ID=144525
 
Procesadores de computadoras - Elementos fundamentales. Nivel intermedio.
http://www.monografias.com/cgi-bin/jump.cgi?ID=144695
 
 
Ciencia y Tecnología
Tecnologías actuales en el nuevo mundo - Un recorrido insólito y atractivo.
http://www.monografias.com/cgi-bin/jump.cgi?ID=144533
 
De la Tierra a la luna: contribución de científicos colombianos al logro - 40 Años después.
http://www.monografias.com/cgi-bin/jump.cgi?ID=144868
 
Salud
Reflexologia podal - Formas alternativas de masaje.
http://www.monografias.com/cgi-bin/jump.cgi?ID=144668
 
Memoria de Leihsmanias - Dermatología.
http://www.monografias.com/cgi-bin/jump.cgi?ID=144896
 
Política e Internacionales
Equidad y género: Una diagnosis del empoderamiento de la mujer - Reflexiones sociopolíticas.
http://www.monografias.com/cgi-bin/jump.cgi?ID=144546
 
Gramsci: pensamiento politico - Filosofía política.
http://www.monografias.com/cgi-bin/jump.cgi?ID=144528
 
Educación, Cultura y Sociedad
El proceso de Recepción de Medios (Breve reseña sobre sus estudios) - Periodismo.
http://www.monografias.com/cgi-bin/jump.cgi?ID=144394
 
Educación superior y educación holista - Reflexiones.
http://www.monografias.com/cgi-bin/jump.cgi?ID=14488

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Sociedade e Cultura - Aula 05 - Portfólio semana 5

Política e regimes políticosNesta aula iremos definir política, conhecer o surgimento da politica e aprender sobre os regimes políticos.

          Apesar das definições de políticas mostradas no vídeo não estarem erradas, destaco que bem antes desses pensadores outros se debruçaram sobre o assunto (eles não só inventaram como definiram), um dos primeiros escritores foi Platão ao tratar especificamente do problema da política, nas obras República, o Político e as Leis. Na República, a obra fundamental de Platão sobre o assunto, traça o seu estado ideal, o reino do espírito, da razão, dos filósofos, em chocante contraste com os estados e a política deste mundo. Qual é, pois, a justificação da sociedade e do estado? Platão acha-a na própria natureza humana, porquanto cada homem precisa do auxílio material e moral dos outros. Desta variedade de necessidades humanas origina-se a divisão do trabalho e, por conseqüência, a distinção em classes, em castas, que representam um desenvolvimento social e uma sistematização estável da divisão do trabalho no âmbito de um estado. A essência do estado seria então, não uma sociedade de indivíduos semelhantes e iguais, mas dessemelhantes e desiguais.       Aristóteles, realçou entre outras coisas da importância da família, pois na obra  república vai dialogar e colocar em prática quais os meios cabíveis, para um Estado se próspero em todas as suas atividades. Ele define em primeira mão que uma cidade é uma aglomeração de associações, cuja finalidade é o bem comum, ou seja, expõem que esta baseada pelo lucro de algo.             No que diz respeito ao governo político e real, afirmam que quando um homem governa sozinho e com sua própria autoridade, o governo é real; e por ser, pelo que diz a Constituição do Estado, a um só tempo, senhor e súdito, o governo é político. Um Estado é constituído primeiramente formado da economia do lar, já que Estado é formado pela união de famílias. Os elementos da economia doméstica são, precipuamente, os da família, a qual, para estar completa, deve compreender servos e indivíduos livres; contudo, para proceder a um exame separado nas partes primitivas e indecomponíveis, conhecendo-se  que na família elas são o senhor e o servo, o marido e a mulher, os pais e os filhos, seria preciso estudar,de per si, estas três classes de indivíduos paras conhecer o que é e o que deve ser cada uma delas.   Lembrado várias vezes ao longo da aula a importância da política e sua forma pejorativa na atualidade, ao longo da historia transformaram a politica em algo maquiavélico, quando se deveriam ser no máximo do absurdo seguir os ensinamento de Maquiavel. Nossa estilo de política já é piada ha muito tempo para nós, pois do voto de cabresto, evoluímos para o voto marqueteiro, onde uma carinha bem maquiada fundos falsos e efeitos especiais acabam levando o bolo.

   Na atualidade viramos piada internacionalmente com esse sistema auto protetor, como nos mostra na sua coluna Rodrigo Constantino"os humoristas estrangeiros resolveram fazer troça da presidente Dilma e do discurso oficial de que ela nada sabia dos esquemas de corrupção na Petrobras. O susto com o montante das propinas também é visível. A gente ri para não chorar"o video pode ser visto no linkvoltando a Política, no sentido de Cuidar da Polís não podia deixar de citar O Lobo da cantora Pitty onde a cantora faz alusão ao Escritor Thomas Hobbes, eis a letraHouve um tempo em que os homens
Em suas tribos eram iguais
Veio a fome e então a guerra
Pra alimentá-los como animais
Não houve tempo em que o homem
Por sobre a Terra viveu em paz
Desde sempre tudo é motivo
Pra jorrar sangue cada vez mais

O homem é o lobo do homem, o lobo
O homem é o lobo do homem, o lobo
continua no link

Link: 
http://adf.ly/1DXXkd
video: http://adf.ly/1DXYBXcomparação de Thomas Hobbes e Pitty 1comparação de Thomas Hobbes e Pitty 2

 



PARA SE APROFUNDAR 







O Estado e a lógica do capital: implicações entre violência e educação


por: Jéferson Dantas
Historiador e Doutorando em Educação (UFSC).
E-mail: clioinsone@gmail.com
Pensar sobre a violência escolar no Brasil e suas implicações com o currículo é admitir desde já a fragilidade teórica com que se tem enfrentado os dilemas de tal temática. A violência escolar se tornou uma síntese confusa de ‘ódios de classe’, ‘conflitos entre desajustados e a ordem social’ e um prato cheio para determinadas veiculações midiáticas que se deleitam com a mercantilização da tragédia. Em outras palavras, a naturalização da violência estaria associada às classes sociais menos privilegiadas. Contudo, como bem assinalam Pablo Gentili e Chico Alencar ninguém nasce bandido ou santo; o ser humano é uma possibilidade. E ao se referirem à filósofa alemã Hannah Arendt, dão eco a uma síntese primorosa desta pensadora: “o ato educativo resume-se em humanizar o ser humano”.
Parece-nos razoável, portanto, partir dessa indagação: como responder ao fenômeno histórico da ‘violência’ sem levar em conta os valores da ‘lógica do capital’? Ora, quando a violência estrutural é compreendida simploriamente como um embate entre ‘marginais’ e ‘estabelecidos’ há um risco em se reforçar um ideário fascista numa sociedade conhecidamente eivada de desigualdades econômicas. As discussões sobre a diminuição da maioridade penal e as afirmativas do aparato repressor estatal de que o ‘mal precisa ser destruído no nascedouro’, revelam um profundo mal-estar da condição humana.
É sabido que a formação do Estado brasileiro é atravessada por...

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quarta-feira, 1 de abril de 2015

Encadenados -


  
Frase de la semana
"Todo está dicho ya; pero las cosas, cada vez que son sinceras, son nuevas."
-José Martí
Cuando el cartero entregaba el sobre con estampillas de poco valor (Las clasificaciones de los sellos) ya se presentía algo no muy claro… uno que tiene tanta tendencia a encontrar atmósferas de brujería y de fantasmas (Hechicería e imaginario social).
Lo tenía en la mano unos instantes antes de abrirlo, con negras dudas (Las dudas).
¿Se trataría de una amenaza, un obsesivo con pasiones perversas o una puñalada encubierta? (Armas).
Algo como un perfume ominoso, un borrón gris, demoraban el momento de enterarse de qué se trataba. ¡Tantas posibilidades y, con seguridad, ninguna buena!
Cadenas
Hay muchos tipos de cadenas que encadenan de diferente forma -hasta en el himno de mi país las hay, pero “rotas” (La revolución en la música y la música en la revolución).
Están aparte las cadenas solidarias que funcionan muy bien en situaciones de desastre o epidemias -funcionan mejor, mucho mejor que los gobiernos (El fortalecimiento del valor solidaridad en estudiantes…).
Y la cadena perpetua, que merecen los asesinos y otros delincuentes mayores, y hasta me atrevería a decir que se hacen acreedores a ella los “escribidores” de cadenas.
Sé que esto último es una exageración, y sin embargo…
Sin embargo, suelen hacer muchísimo mal las cadenas, volverte el día de soleado en negro, plantarte dudas en el corazón de cualquier certidumbre (”y si la rompo, ¿no me sucederán cosas horribles?”) -aunque sea por un rato.
Fatalidades
Ahora Internet fatalmente -con o sin voluntad de hacerlo- las propicia.
Recibo cientos de cadenas por semana, algunas de apariencia tan inocente que se diría que las dictó un bebé.
Ninguna es inocente. Y si alguien rompe el encantamiento -es decir, no les envía el archivo de marras a cinco, diez, quince o veinte personas de su conocimiento, o no- incontables miserias asolarán su vida, que se prepare.
Esto y una amenaza son bastante similares en intención.
Reyes y reinos desaparecidos
Recibí un mensaje -electrónico (El correo electrónico)- que explica en detalle la caída y la desgracia del zar Nicolás y su familia, en 1917. Parece escrito por Rasputin.
(Continúe leyendo este artículo y deje su opinión en nuestro Blog Editorial: "Encadenados")
Por Mora Torres.

 
 
 
Sugerencias del Lector
Lecturas (Cuento): Las Hadas - Cuento clásico de Charles Perrault.
http://www.bibliotecasvirtuales.com/biblioteca/literaturainfantil/cuentosclasicos/lashadas.asp
 
El principio de legalidad y los actos administrativos - Derecho Administrativo Cubano.
http://www.monografias.com/cgi-bin/jump.cgi?ID=145180
 
Astronomía - Una presentación multimedia interesante.
http://www.monografias.com/cgi-bin/jump.cgi?ID=145095
 
Empresa, Economía y Negocios
La importancia del tiempo en la competitividad de las empresas - Un viraje en el enfoque.
http://www.monografias.com/cgi-bin/jump.cgi?ID=144998
 
Los costos de subactividad - Tendencias actuales sobre su tratamiento.
http://www.monografias.com/cgi-bin/jump.cgi?ID=144935
 
Computación e Internet
Historia del computador - Un recorrido introductorio.
http://www.monografias.com/cgi-bin/jump.cgi?ID=144945
 
El proceso de evaluación del estado técnico-constructivo de los puentes - Software.
http://www.monografias.com/cgi-bin/jump.cgi?ID=144944
 
 
Ciencia y Tecnología
Sistema experto en diagnóstico médico basado en síntomas de los pacientes - Tecnología aplicada a la medicina.
http://www.monografias.com/cgi-bin/jump.cgi?ID=145097
 
Diseño e instalación de una planta de reciclaje de basura - Plástico, papel y vidrio.
http://www.monografias.com/cgi-bin/jump.cgi?ID=144820
 
Salud
Hematuria intermitente - Caso clínico.
http://www.monografias.com/cgi-bin/jump.cgi?ID=144895
 
Actualizacion en Lepra - Historia, bacteriología, tipos y tratamientos.
http://www.monografias.com/cgi-bin/jump.cgi?ID=144894
 
Política e Internacionales
La ideología del fin de la ideología - Enfoque político-filosófico.
http://www.monografias.com/cgi-bin/jump.cgi?ID=145099
 
Innovación y competitividad: de las políticas a la implementación - Políticas económicas públicas.
http://www.monografias.com/cgi-bin/jump.cgi?ID=145101
 
Educación, Cultura y Sociedad
Comprensión de lectura - Soluciones para un obstáculo generalizado.
http://www.monografias.com/cgi-bin/jump.cgi?ID=145035
 
Esquema general para la organización de una investigación académica - Tres fases.
http://www.monografias.com/cgi-bin/jump.cgi?ID=144979

 

terça-feira, 31 de março de 2015

A ELEGIA DE ABRIL (1941)

A ELEGIA DE ABRIL (1941)


Poucas vezes me vi tão indeciso como neste momento, em que uma revista de moços me pede iniciar nela a colaboração dos veteranos. Seria mais hábil lhe ceder um desses estudos especializados, que salvasse em sua máscara os meus louros possíveis de escritor. Mas ainda conservo das minhas aventuras literárias, aquela audácia de poder errar, com que aceitei de um dos moços que me convidaram a este artigo a sugestão de falar sobre a inteligência nova do meu país. E confessarei desde logo que não a sinto muito superior à de minha geração. Nós ainda tínhamos muito presentes, e praticadas mesmo em nossos anos de rapazes,as tradições da cabeleira. Ainda ouvíramos, e usáramos um bocado, a boêmia dos cafés e a cor nevosa do absinto. Mas de um acorde de Debussy, de uma opinião de Wilde ou de Gide, da corte de Guilherme II, para um ritmo batido de Strawinski, um assunto de Rivera e os companheiros de Hitler, vai tal antagonismo, que as melhoras da inteligência brasileira não me parecem satisfazer às exigências do tempo e da nacionalidade.É certo que sob o ponto-de-vista cultural progredimos bastante. Se em algumas escolas tradicionais há muito atraso junto aos núcleos de certas faculdades novas de filosofia, ciências e letras, de medicina, de economia e política, já vão se formando gerações bem mais técnicas e bem mais humanísticas. Há um realismo novo, um maior interesse pela inteligência lógica, que se observa muito bem nisso de serem agora mais numerosos os escritores que iniciam carreira escrevendo prosa e interessados só por ela, quebrando a tradição do livrinho de versos inaugural. Esta melhoria sensível de inteligência técnica se manifesta principalmente nas escolas que tiveram o bom-senso de buscar professores estrangeiros, ou mesmo brasileiros educados noutras terras, os quais trouxeram de seus costumes culturais e progresso pedagógico uma mentalidade mais sadia que desistiu do brilho e da adivinhação. A modos que sempre fui um subalterno Cherubini, desconfiado dos geniais e dos meninos-prodígios... Sempre é certo que as poucas vezes em que fui chamado a servir publicamente, só o preparo das coletividades em mais alto nivelamento me preocupou. Assim agi quando foi da reforma do Instituto Nacional de Música. 
Assim agi no programa de expansão cultural do Departamento de Cultura e por isso tanto me detestaram os geniosos do a solo resplendente. E ainda faz pouco, tendo o Sr. Ministro da Educação me pedido um anteprojeto para uma escola de belas-artes, se já, mais pacificado em minhas experiências, cedi um jardinzinho de exceção aos gênios em promessa, o pressuposto que determinou meus conselhos e formas, foi o de um alto nivelamento artesanal.Sou sim pelo nivelamento das coletividades. Não pelo nivelamento por baixo, que se percebe acada close-up do nosso ramerrão educativo, mas por um elevado nivelamento cultural da nossa inteligência brasileira, que evite a falsa altura, tão comum entre nós, dos arranha-céus... em taipa de mão. E por isso não me desagrada a modesta consciência técnica com que a escola de São Paulo se afirma em sua macia lentidão, na pintura como nas ciências sociais, ajuntando pedra sobre pedra, amiga das afirmações bem baseadas, mais amorosa de pesquisar que de concluir. Mas esta primeira diferença grande me parece pouco.Da minha geração, de espírito formado antes de 1914, para as gerações mais novas, vai outra diferença, esta profunda, mas pérfida, que está dando péssimo resultado. Nós éramos abstencionistas, na infinita maioria. Nem poderei dizer "abstencionistas", o que implica uma atitude consciente do espírito: nós éramos uns inconscientes. Nem mesmo o nacionalismo que praticávamos com um pouco maior largueza que os regionalistas nossos antecessores,conseguira definir em nós qualquer consciência da condição do intelectual, seus deveres para com a arte e a humanidade, suas relações com a sociedade e o estado. A pressão dos novos convencionalismos políticos posteriores ao tratado de Versalhes, mesmo no edênico Brasil se manifestou. Os novos que vieram em seguida já não eram mais uns inconscientes e nem ainda abstencionistas. E tempo houve, até o momento em que o Estado se preocupou de exigir do intelectual a sua integração no corpo do regime, tempo houve em que, ao lado de movimentos mais sérios e honestos, o intelectual viveu de namorar com as novas ideologias do telégrafo. Foia fase serenatista dos simpatizantes.Desse período curto, mas suficientemente longo para afetar qualquer noção moral de inteligência, é que estamos sofrendo os efeitos. Favorecida pela ignorância e pelo despoliciamento cultural, a verdadeira tradição nova que a fase dos simpatizantes nos deixou,foi essa maldição que poderá se chamar de "imperativo econômico da inteligência"! Estarei por acaso muito escuro e desconhecedor das realidades, afirmando ver gorda maioria dos intelectuais de agora tomar esse imperativo econômico por sua norma de conduta e única lei?O Estado proibira as serenatas com que o simpatizante acordava a sua vizinhança e lhe deixava na insônia o retrato das Rosinas adventícias. Mas a intelectualidade se ajeitou fácil.Tirou das terminologias em moda sua nova fantasia arlequinal de conformismo: esta dolorosa sujeição da inteligência a toda espécie de imperativos econômicos. 
A inconsciência de minha geração, se não a absolve, a fataliza — homem de um fim-de-século em que, meu Deus! no Brasil não repercutia nada! Mas para o intelectual de agora não é possível mais invocar o estado-de-graça da fatalidade. Pois então rebatizaram à maluca, lhe deram sexo mais dominador: são Imperativos Econômicos que passam! E chuviscam agora esses cômodos voluntários dos abstencionismos da complacência. Ia acrescentando "e da pouca vergonha", mas me refreei a tempo. Na verdade os homens de pouca vergonha aparecem em qualquer época,muito embora as condições sociais do intelectual contemporâneo e o adubo dos imperativos econômicos estejam se demonstrando muito favoráveis à proliferação de semelhantes cogumelos.Com efeito: alguns, e serão por acaso os melhores?... desgostados da vida, mal ferido sem seu sentimento humano pelas guerras, se retiram para o seu rincão de ciência, pagam como édever o imposto sobre a renda, apenas mui gratos se alguém lhes concede publicar algum documento precioso ou descobrir uma nova estrelinha do céu. Outros, menos abstencionistas e bem mais complacentes, gostam de pagar a quem lhes paga, trocando primogenitura e muitos elogios falados e escritos, pelos tomates de alguma situação vitaminosa. Não são bois alçados,como os primeiros, se preferem pingos ensinados.Os terceiros não existe vivente que se lhes compare no reino animal. Mudam de ideais a qualquer notícia, não resistem ao sopro de qualquer brisa. Mas que podem fazer se carecem de pão, se precisam pagar o médico da família? Pão e doença, filho gripado e mulher grávida, são hoje para a inteligência os mais fáceis avatares do cinismo moral. E um forte número desses pretensos intelectuais são verdadeiros vácuos de ignorância. Mas como se cultivar se lutam pela vida!... A luta pela vida não é mais, como no dicionário oitocentista, um propósito de trabalho ede vitória do mais forte: é a glorificação da incompetência. A tanto chega o predomínio das palavras sobre os homens... E se vê intelectuais, sem o menor respeito pelas glórias conquistadas, mudarem de diretrizes, da meia-noite para o meio-dia, servindo aos interesses mais torvos. No sentido da sua dignidade moral, a inteligência brasileira se transformou muito, passando da inconsciência social, para a consciência da sua condição. Mas não creio tenhaha vido melhoras. Se do meu tempo o mais que se possa dizer é que foi amoral, hoje grassa na inteligência nova uma freqüente imoralidade.Se contemplamos a paisagem artística o que salta abundantemente aos olhos é aimperfeição do preparo técnico. O experimentalismo dos "modernistas" de minha geração já por várias partes se confundia com a ignorância e foi defesa de muitos. Mas ainda a maioria dosmeus contemporâneos vinha de costumes mais enérgicos em que não se passava por decreto. Etodos os que resistiram ou parecem resistir à filtragem dos anos, foram técnicos honestos desuas artes.Mas a esse experimentalismo artístico veio logo se ajuntando um perigo ainda maisconfusionista e sentimentalmente glorioso, a tese da "arte social". Amontados nesta minerva(minerva ou mercúrio?...) da fase dos simpatizantes, não houve mais ignorância nemdiletantismo que não se desculpasse de sua miséria, como se a arte, por ser social, deixasse deser simplesmente arte.Foi bem fatigante a experiência que tive, fazendo da técnica o meu cavalo de batalhanas críticas literárias do Diário de Notícias. Não deixei de ser compreendido, o fui até muito bem pelos culposos, embora eles não pudessem atingir toda a extensão do meu pensamento.Muito poucos perceberam a lógica de quem, tendo combatido, não pela ausência, mas pelaliberdade da técnica num tempo de estreito formalismo, agora combatia pela aquisição de umaconsciência técnica no artista, ou simplesmente de uma consciência profissional, num períodode liberalismo artístico, que nada mais está se tornando que cobertura da vadiagem e doapriorismo dos instintos. 
Outro forte caso a lembrar seria o do surgimento de numerosa poesia católica que outracoisa não faz senão se comprazer do pecado, mas isto já me parece mais um efeito que causa. Acausa é mais grave e mais tradicional também: esta absurda e permanente ausência de pensamento filosófico, de uma atitude filosófica da inteligência, entre os nossos intelectuais. Oscientistas se refugiam no laboratório ou na exposição sedentária das doutrinas alheias. Osartistas não têm onde se refugiar, mas se disfarçam com ingenuidade no padrão da arte social.Se acaso pretendemos saber o que os nossos intelectuais pensam dos problemas essenciais doser, se fica atônito: não há o que respigar nas obras de quase todos e muito menos em suasatarantadas atitudes vitais. Não existe uma obra, em toda a ficção nacional, em que possamos seguir uma linha de pensamento, nem muito me¬nos a evolução de um corpo orgânico de idéias. E por isso causouenorme mal-estar e logo travou-se em torno dele a conspiração do silêncio, mesmo dos que odeviam atacar, o aparecimento, a verdadeira aparição fantasmal, de um Otávio de Faria que,certo ou errado, se apresentava romanceando sobre um núcleo de idéias organizadas em sistema.E é por esta falha várias vezes secular de espírito filosófico que são tão raros os "casos" nainteligência do Brasil, e ela se manifesta com vasta fraqueza de poder dramático e ausênciaquase total de concepção satírica. Ninguém castiga. Ninguém previne. Ninguém sofre.Isto é, sofre sim! Me esquecia do sofrimento humano criado, ou pelo menos largamentedesenvolvido na ficção contemporânea do Brasil, esse herói novo, esse protagonista sintomáticode muitos dos nossos melhores novelistas atuais: o fracassado. De uns dez anos pra cá, sem amenor intenção de escola, de moda literária ou imitação, numerosos escritores nacionais se puseram cantando (é bem o termo! ...) o tipo do fracassado.Observo mais uma vez não estar esquecido de que pra se dar entrecho, há sempre umqualquer fracasso a descrever, um amor, uma terra, uma luta social, um ser que faliu. Um DomQuixote fracassa, como fracassam Otelo e Madame Bovary. Mas estes, como quase todos osheróis da arte, são seres dotados de ideais, de ambições enormes, de forças morais, intelectuais,físicas, representam tendências generosas ou perversivas. São enfim seres capazes de se impor,conquistar suas pretenções vencer na vida, mas que no embate contra forças maiores sãodominados e fracassam. Mas em nossa literatura de ficção, romance ou conto, o que estáaparecendo com abundância não é este fracasso derivado de duas forças em luta, mas adescrição do ser sem força nenhuma, do indivíduo desfibrado, incompetente pra viver, e que nãoconsegue opor elemento pessoal nenhum, nenhum traço de caráter, nenhum músculo comonenhum ideal, contra a vida ambiente. Antes, se entrega à sua conformista insolubilidade.Quando, ao denunciar este fenômeno, me servi quase destas mesmas palavras, julguei lhedescobrir algumas raízes tradicionais. Hoje estou convencido de que me enganei. O fenômenonão tem raízes que não sejam contemporâneas e não prolonga qualquer espécie de tradição.Talvez esteja no Carlos do Ciclo da Cana de Açúcar a primeira amostra bem típica destefracassado nacional. Nos lembremos ainda do triste personagem de Angústia.,. Já numa crônicaa respeito, pude enumerar mais um herói de Cordeiro de Andrade, nada menos que seis outrosnum romance de Cecílio Carneiro; e além destes fracassados cultos, outro caipira, do escritor Leão Machado, e um nordestino do povo, figura central do Mundo Perdido de Fran Martins.Poucos tempos depois topava outra vez com o homem nos Fragmentos de um Caderno deMemórias, do contista mineiro Francisco Inácio Peixoto. Logo após vinha o Eduardo, deMenotti dei Picchia, e alguns dos personagens de Saga. Em seguida era o fazendeiro, de LuísMartins. E com os últimos meses, posso acrescentar mais três retratos ilustres a esta galeria pestilenta: um, impressionantemente exato, descrito por Osvaldo Alves na maior estréia de1940, Um Homem fora do Mundo; e os dois principais "inocentes" de Gilberto Amado, numlivro bem irregular mas de grave importância : o Emílio e essa estranha criação, figurarealmente apaixonante em seu mistério, Faial, o moço que dotado de todas as forças a tudorenuncia da vida existente e foge, criar o seu imaginário mundo num sertão fora do mundo. Não é possível aceitar esta freqüência de um tipo moral, em nossa ficção viva, sem lhereconhecer uma causa. E fui grosseiro no enumerar apenas os retratos mais francos do protótipo.Com alguma sutileza, era ainda possível recensear mais delicadas modalidades dele nas obrasde outros importantes escritores nacionais. Os que indiquei me bastam para afirmar que existeem nossa intelectualidade contemporânea a preconsciência, a intuição insuspeita de algumcrime, de alguma falha enorme, pois que tanto assim ela se agrada de um herói que só tem como
elemento de atração, a total fragilidade, e frouxo conformismo. E se o Carlos de Lins do Rego, éo mais emocionantemente fraco, se o Cristiano, de Osvaldo Aíves, o mais irrespiravelmenteirresoluto: eu creio que o Faial, como Gilberto Amado o propôs nas análises que fez da suacriatura, é o que mais convida a pensar, forte, belo, dominador, com todas as probabilidades devitória, mas que se anula numa conformista desistência e vai-se embora. Vai-se embora praPasárgada?...Porque os poetas, por isso mesmo que mais escravos da sensibilidade e libertos doraciocínio, ainda são mais adivinhões que os prosistas. Já em 1930, a respeito do Vou-meembora prá Pasárgada de Manuel Bandeira, pretendi mostrar que esse mesmo terna dadesistência estava freqüentando numerosamente a poesia moderna do Brasil. Se o complexo deinferioridade sempre foi uma das grandes falhas da inteligência nacional, não sei se as angústiasdos tempos de agora e suas ferozes mudanças vieram segredar aos ouvidos passivos dessamania de inferioridade o convite à desistência e a noção do fracasso total. E não é difícilimaginar a que desastrosíssima incapacidade do ser poderá nos levar tal estado-de-consciência.Toda esta literatura dissolvente será por acaso um sintonia de que o homem brasileiro está às portas de desistir de si mesmo?Eu sei que há diferenças e melhoras na inteligência nova do meu país, mas não consigo percebê-la mais enérgica nem muito menos dotada de maior virtude. Nós, os modernistas deminha geração, sacrificávamos conscientemente, pelo menos alguns, a possível beleza dasnossas artes, em proveito de interesses utilitários. A arte se empobrecia de realidades estéticas,dissolvida em pesquisas. Experimentações rítmicas, auscultações do subconsciente, adaptaçõesnacionais de linguagem, de música, de cores e formas plásticas, de crítica — tudo eraminteresses que deformavam a isenção e o equilíbrio de qualquer mensagem. Então fomosdescobrir, mais nas revistas de combate que nos livros de filosofia, a palavra salvadora (sempreo perigo das lustrosas palavras...) que acalmava as nossas ambições estéticas maltratadas: pragmatismo. Aquilo, gente, eram pragmatismos também! Eram as necessidades da hora, asverdades utilitárias porque nos sacrificávamos, tão mártires como os que se iam cristianizandochineses.O mal não era assim tamanho pois que a nossa consciência permanecia eminentementeestética, mas a desgraça é que a palavra deslumbrou. E deslumbrou demais numa terra ecoletividade pouco afeita a estudos conscienciosos e que, se libertando aos poucos de suastradições religiosas, não se preocupava de preencher o vazio ficado com uma qualquer outraconceituação moral da inteligência. Só é verdade o que é útil, e toca o zabumba ensurdecedor dos pragmatismos. Pragmatismo ou displicência nova? E o intelectual se passa de galho emgalho, de árvore em árvore, na estilização mais nacionalista possível da dança do tangará. Isso:uma intelectualidade coreográfica, inspirada na quadrilha dos "imperativos econômicos", onde,só se executa, com desilusória monotonia, o passo do changez de places e o tour au vi-à-vis. Aminha pífia geração era afinal das contas o quinto ato conclusivo de um mundo, e representava bastante bem a sua época dissolvida nas garoas de um impressionismo que alagava as moraiscomo as políticas. Uma geração de degeneração aristocrática, amoral, gozada, e, apesar darevolução modernista, não muito distante das gerações de que ela era o "sorriso" final. E tevesempre o mérito de proclamar a chegada de um mundo novo, fazendo o modernismo e emgrande parte 1930. Ao passo que as gerações seguintes, já de um outro e mais blindadorealismo, nada têm de gozadas, são alevantadas mesmo, e já buscam o seu prazer no estudo e nadiscussão dos problemas humanos e não... no prazer. Mas não parecem agüentar o tranco da suadiferença. A severidade dos costumes, a rusticidade dos amores e tendências, o número pequenode preceitos-tabus, próprios das civilizações em começo, e de que são exemplos próximos, oinício da civilização norte-americana, e em nossos dias a Rússia e a Alemanha, nada disto se percebe em nossa geração atual. Antes, por muitas partes, ela continua a devassidão genérica domeu tempo. Nós, enfim, éramos bem dignos da nossa época. Ao passo que vai nos substituindouma geração bem inferior ao momento que ela está vivendo.Talvez seja necessário que as inteligências moças mais capazes se esqueçam por completo das elásticas verdades transitórias e revalorizem o ideal da verdade absoluta. Não seráeste o mais patriótico...pragmatismo nacional? E possível acreditar sem fé. Acreditar é muitasvezes um ato de caridade. E se o homem não pode viver sem seus mitos, imagino que seriasublime os mais capazes, mesmo sem fé, se porem na religião da uma só verdade. Fazerem da verdade absoluta o seu mito e o seu estágio de purificação. Ou de superação. Não convém àinteligência brasileira se satisfazer tão cedo de suas conquistas. A satisfação, como a felicidade,é um empobrecimento. E a palavra de Goethe não deverá jamais ser esquecida: superar-se.Imagino que uma verdadeira consciência técnica profissional poderá fazer com que noscondicionemos ao nosso tempo e os superemos, o desbastando de suas fugaces aparências, emvez de a elas nos escravizarmos. Nem penso numa qualquer tecnocracia, antes, confio é na potência moralizadora da técnica. E salvadora... Essa mesma técnica que se salvou Sócrates eRikiú pela morte, salvou Fídias, salvou o Bach da Missa em Si Menor, salvou os medievais, osegípcios e tantos outros, dentro da mesma vida. O intelectual não pode mais ser umabstencionista; e não é o abstencionismo que proclamo, nem mesmo quando aspiro aorevigoramenro novo do "mito", da verdade absoluta. Mas se o intelectual for um verdadeirotécnico da sua inteligência, ele não será jamais um conformista. Simplesmente porque então asua verdade pessoal será irreprimível; Ele não terá nem mesmo esse conformismo "de partido",tão propagado em nossos dias. E se o aceita, deixa imediatamente de ser um intelectual, para setransformar num político de ação. Ora, como atividade, o intelectual, por definição, não é umser político. Ele é mesmo, por excelência, o out-law, e tira talvez a sua maior força fecundante justo dessa imposição irremediável da "sua" verdade.Será preciso ter sempre em conta que não entendo por técnica do intelectualsimploriamente o artesanato de colocar bem as palavras em juízos perfeitos. Participa datécnica, tal como eu a entendo, dilatando agora para o intelectual o que disse noutro lugar exclusivamente para o artista, não somente o artesanato e as técnicas tradicionais adquiridas pelo estudo, mas ainda a técnica pessoal, o processo de realização do indivíduo, a verdade doser, nascida sempre da sua moralidade profissional. Não tanto o seu assunto, mas a maneira derealizar o seu assunto. Que os assuntos são gerais e eternos, e entre eles está o deus como oherói e os feitos. Mas a superação que pertence à técnica pessoal do artista como do intelectual,é o seu pensamento inconformável aos imperativos exteriores. Esta a sua verdade absoluta.E junto desta técnica intelectual, talvez devêssemos obedecer mais à sensibilidade. Umacircunstância incontestável da vida é que, premidos por ela, nós exercitamos quotidianamente anossa inteligência, não pra elevarmos a vida às suas alturas filosóficas, a uma qualquer interpretação dela, mas pra justificarmos os nossos próprios atos. A diferença quotidiana entre oexercício da inteligência e o da sensibilidade, é que esta se quotidianiza, vira costume, seesquece de si, se esquece do amor, dos sentimentos, ao passo que a inteligência jamais esquecede se exercer, na justificação malabarística dos nossos quotidianos descaminhos. O sentimento,em nós, vira "costume", e é por causa deste enfraquecimento da sensibilidade que se criou o diaritual do aniversário, em que nos relembramos, no ar de festa, que o amor existe e o sentimentoexiste. E então nesse dia, não é só o te-deum e a seda que o homem oferece aos seus amoresdivinos e profanos, mas uma aproximação mais grave e mais sentida. Imagino que será de muito benefício para o intelectual brasileiro, especialmente nos momentos decisórios de suas atitudesvitais, ele auscultar mais vezes a sua sensibilidade. Desde que, entenda-se bem, não continuemesse conselho da sensibilidade, considerações justificadeiras da inteligência quotidiana e seusimperativos. Neste sentido, é possível afirmar que, pelo menos em períodos tão precários deintegridade humana como o que atravessamos, a sensibilidade é que é insensível, metalicamenteditatorial em seus mandos, ao passo que a inteligência é a mais enceguecedora das paixões.Porque mais pervertida e mais fácil de se perverter a si mesma. Não tive a menor pretensão de dar nestas linhas, um remédio às angústias novas dainteligência brasileira contemporânea e mesmo de alguns aspectos e problemas dela não tratei por não poder fazê-lo. Lembrei apenas alguns motivos de pensamento e análise que talvez a possam levar a maior dignidade. Há vinte anos atrás, se me perguntassem o que valia mais, se oautor, se a idéia, eu responderia sem hesitar que o autor. Agora já não sei mais, vivo incerto. Ohomem é coisa sublime, porém se as idéias prevalecessem sobre os homens, já de muito que a paz teria pousado sobre a terra. E ando saudoso da paz.


Os indivíduos participam diferentemente de sua cultura


por: Thamário Everley Conrado Pereira
(é acadêmico de Direito, da Faculdade Alfredo Nasser
e membro ativo do Pajupu - Programa de Assessoria Jurídica Popular Universitária)
O individuo em sua participação na cultura é limitada, a participação de um individuo em sua cultura depende de sua idade. É necessário saber que esta afirmação permite dois tipos de explicações: uma de ordem cronológica e outra estritamente cultural.
Uma criança não está apta para exercer certas atividades próprias de adultos, da mesma forma que um idoso já não é capaz de realizar algumas tarefas.
A incapacidade do desenvolvimento de funções que dependem da força física ou agilidade, entre outras funções podemos incluir as que dependem do acúmulo de uma experiência abtida através de muitos anos de preparação.
O individuo de qualquer sociedade ou grupo...

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segunda-feira, 30 de março de 2015

EaD - Embromação a Distância?

EaD - Embromação a Distância?
       Novidade incerta? Mais um conto do vigário? Ilustres filósofos e distinguidos educadores torcem o nariz para o ensino a distância (EAD).
       Logo após a criação dos selos de correio, os novidadeiros correram a inventar um ensino por correspondência. Isso foi na Inglaterra, em meados do século XIX. No limiar do século XX, os Estados Unidos já ofereciam cursos superiores pelo correio. Na década de 30, três quartos dos engenheiros russos foram formados assim. Ou seja, novo não é.
       EAD significa que alunos e professores estão espacialmente separados – pelo menos boa parte do tempo. O modo como vão se comunicar as duas partes depende da tecnologia existente. No começo, era só por correio. Depois apareceu o rádio – com enorme eficácia e baixíssimo custo. Mais tarde veio a TV, área em que Brasil e México são líderes mundiais (com o Telecurso e a Telesecundaria). Com a internet, EAD vira e-learning, oferecendo, em tempo real, a possibilidade de ida e volta da comunicação. Na prática, a tecnologia nova se soma à velha, não a substitui: bons programas usam livros, o venerando correio, TV e internet. Quando possíveis, os encontros presenciais são altamente produtivos, como é o caso do nosso ensino superior que adota centros de recepção, com apoio de professores "ao vivo" para os alunos.
       Há embromação, como seria esperado. Há...
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Centro de Filosofia Educação para o Pensar - www.portaldafilosofia.com.br - 48 3025.2909
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S.E.R. - Sistema de Ensino Reflexivo - www.portalser.net - contato@portalser.net
Rua Cristovão Nunes Pires, 161 - CEP 88.010-120 - Centro - Florianópolis/SC

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