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EDUCAÇÃO À DERIVA

Agressões em sala de aula, crianças e jovens vítimas do bullying eletrônico; ameaças sistemáticas envolvendo diferentes grupos de jovens, identificados pelas suas opções musicais, roupas, adereços, cabelos e espaços sociais compartilhados. Há muito as escolas públicas, notadamente (mas não só), têm se tornado o local privilegiado do ‘acerto de contas’, que ocorrem à revelia dos/as que estão à frente do processo educacional. E isso tem acontecido, frequentemente, com adolescentes do sexo feminino, numa demonstração de força e sustentação de liderança até então mais visivelmente associado aos rapazes. Os motivos das agressões, muitas vezes, são fúteis e torpes, como o que ocorreu recentemente numa escola estadual de Joinville. No filme-documentário do diretor João Jardim (Pro dia nascer feliz, 2007), esta realidade está bastante patente nas escolas públicas de periferia, tendo em vista que estes/as jovens estão mergulhados em contextos estruturais de violência e impossíveis de serem atendidos pelos mecanismos (pífios) de inclusão social da escola.
Contudo, a relação quase esquizofrênica envolvendo escolas e o aparato tecnoburocrático educacional, demonstra a sua total ineficácia e o jogo do ‘empurra-empurra’ no que concerne à responsabilização das demandas trazidas por esta juventude cada vez mais indiferente à escola. As gerências educacionais maximizam dinâmicas de controle em relação à obediência do calendário escolar, interpretando unilateralmente leis educacionais e retirando a autonomia das unidades de ensino quando a questão é centralmente pedagógica; mas, quando as evidências são de cunho estrutural, o Estado culpabiliza as escolas, enfatizando que as mesmas têm ‘autonomia’ para solucionar os problemas associados à violência.
Ora, se fizermos um mapeamento minucioso nas escolas públicas e privadas, provavelmente encontraremos...

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Sociedade e Cultura - Aula 04 - Portfólio semana 4

Conceitos essenciais: Sociedade, Estado, poder políticoDefinição de sociedade: senso comum, Marx, Durkheim, Weber; Estado e organização social; Estado e violência; Estado.

                
Se fossemos falar apenas de um autor ou mesmo de um breve conceito como sociedade já nos levariam paginas e mais paginas, porém tentando resumindo o pensamento dos autores citado no video destacamos de forma breve que para:

Marx afirma que a consciência humana é sempre social e histórica, isto é, determinada pelas condições concretas de nossa existência.
Isso não significa, porém, que nossas ideias representem a realidade tal como esta é em si mesmo. Se assim fosse, seria incompreensível que os seres humanos, conhecendo as causas da exploração, da dominação, da miséria e da injustiça nada fizessem conta elas. Nossas ideias, historicamente determinadas, têm a peculiaridade de nascer a partir de nossa experiência social direta. A marca da experiência social é oferecer-se como uma explicação da aparência das coisas como se esta fosse a essência das próprias coisas, não só isso. As aparências – ou o aparecer social à consciência – são aparências justamente porque nos oferecem o mundo de cabeça para baixo: o que é causa parece ser efeito, o que é efeito parece ser causa. Isso não se dá apenas no plano da consciência individual, mas sobretudo no da consciência social, isto é, no conjunto de ideias e explicações que uma sociedade oferece sobre si mesma.
Feuerbach estudara esse fenômeno na religião, designando-o com o conceito de alienação. Marx interessa-se por esse fenômeno porque o percebeu em outras esferas da vida social, por exemplo, na política, que leva os sujeitos sociais a aceitarem a dominação estatal porque não reconhecem quem são os verdadeiros criadores do estado.
Marx observou também na esfera da economia: no capitalismo, os trabalhadores produzem todos os objetos existentes no mercado, todas as mercadorias; após havê-las produzido, as entregam aos proprietários dos meios de produção, mediante um salário; quando vão ao mercado não conseguem comprar essas mercadorias. Olham os preços, contam o dinheiro e voltam par casa de mãos vazias, como se o preço das mercadorias existisse por si mesmo e como se elas estivessem à venda porque surgiram do nada e alguém as decidiu vender. Em outras palavras, os trabalhadores não só não se reconhecem como autores ou produtores das mercadorias, mas ainda acreditam que elas valem o preço que custam e que não podem tê-las porque valem mais do que eles. Alienaram dos objetos seu próprio trabalho e não se reconhecem como produtores da riqueza e das coisas.

a inversão entre causa e efeito, princípio e consequência, condição e condicionado leva à produção de imagens e ideias que pretendem representar a realidade. As imagens formam um imaginário social invertido – um conjunto de representações sobre os seres humanos e suas relações, sobre as coisas, sobre o bem e o mal, o justo e o injusto, os bons e os maus costumes, etc. Tomadas como ideias, essas imagens ou esse imaginário social constituem a ideologia.

A ideologia é um fenômeno histórico-social decorrente do modo de produção econômico, à medida que, numa formação social, uma forma determinada da divisão social se estabiliza, se fixa e se repete, cada indivíduo passa a ter uma atividade determinada e exclusiva, que lhe é atribuída pelo conjunto das relações sociais, pelo estágio das forças produtivas e pela forma da propriedade.





Definiu como objeto de estudo da Sociologia os fatos sociais. 
Sociologia -  Finalidade  explicar  a sociedade  mas também  encontrar  soluções para a vida social . Para Durkheim nem todo acontecimento humano é  fato social. Não basta que um fato ocorra na sociedade para receber a qualificação de social. 
 Três Características:

  1. Coerção social – A força que os fatos exercem sobre os indivíduos levando-os a conformar-se as regras da sociedade  em que vivem independentemente de sua vontade e escolha. Ex:  adoção de idioma, tipo de formação familiar, código de leis, uso de talheres nas refeições. O grau de coerção dos fatos sociais  se torna evidente  pelas Sanções  a que o indivíduo  estará  sujeito.  Sanções podem ser→ legais ou espontâneas.
 Legais - sanções prescritas pela sociedade, sob a forma de leis, nas quais se estabelece a infração e a penalidade subsequente.
 Espontâneas – seriam as que aflorariam como decorrência de uma conduta não adaptada do grupo ou da sociedade à qual o indivíduo pertence.
 Ex: industrial que utiliza processos e técnicas do século passado.

  1. Exterioridade – os fatos sociais existem e atuam sobre os indivíduos   independentemente de sua vontade, ou de sua adesão consciente. As regras sociais, os costumes, as leis já existem antes do nascimento das pessoas, são impostos por mecanismos de coerção social como a educação. Educação desempenha tarefa importante na conformação dos indivíduos a sociedade - regras se tornam um hábito. “Fatos sociais são coercitivos e dotados de existência exterior as consciências individuais” 
  1. Generalidade – é social todo fato que é geral, que se repete em todos os indivíduos ou pelo menos na maioria deles.  A generalidade de um fato social, sua unanimidade é garantia de normalidade na medida em que representa o consenso social, a vontade coletiva ou o acorde de um grupo a respeito de determinada questão. Ex: formas de habitação, de comunicação, a moral. Na generalidade os fatos mostram sua natureza coletiva ou um estado comum ao grupo.
 Sociedade existem estados normais e patológicos
 ·         Normal – generalizado pela sociedade ou quando desempenha alguma função importante para sua adaptação ou evolução.Ex: crime
·         Patológico – põe em risco a harmonia, o acordo, o consenso e, portanto a adaptação e a evolução. Encontra-se fora dos limites permitidos pela ordem social e pela moral vigente. 
O Trabalho de classificação das sociedades - como tudo o mais – deveria ser efetuado com base em apurada observação experimental. Guiado por esse procedimento, estabeleceu a passagem da solidariedade mecânica para a solidariedade orgânica como motor de transformação de toda e qualquer sociedade.
Solidariedade mecânica - aquela que predominava nas sociedades Pré capitalistas, onde os indivíduos se identificavam por meio da família, da religião, da tradição e dos costumes, permanecendo em geral independentes e autônomos em relação a divisão social do trabalho. A consciência coletiva exerce aqui todo seu poder de coerção sobre os indivíduos. 
Solidariedade orgânica -  é aquela típica das sociedades capitalistas, onde pela acelerada divisão do trabalho social,  os indivíduos  se tornavam  interdependentes. Essa interdependência garante a união social , em lugar dos costumes, das tradições ,  ou das relações  sociais estrieitas. Nas  sociedades capitalistas, a consciência coletiva se afrouxa. Assim, ao mesmo tempo que os indivíduos são mutuamente dependentes, cada qual se especializa numa atividade  e tende a desenvolver maior autonomia pessoal. 


"Max Weber tinha uma visão sociológica a qual preconizava o estudo da ação social, compreendendo o sentido e o valor que o geraram, método chamado pelos críticos de individualismo metodológico. Todavia para uma analise dessa ação social fazia-se necessário um afastamento dos dogmas e preceitos pré- existentes do sociólogo, pois somente desta maneira poder-se-ia ter uma analise confiável. Nota-se com essa atitude que Weber abominava o determinismo e o adágio do senso comum, o qual é carregado de valores intrínsecos a sociedade. O sociólogo alemão, também discorre sobre a importância da analise individual, em contraposição a uma analise de classe como muitos sociólogos antecessores a ele pregavam.  Para ele o papel da ciência não é determinar qual caminho o individuo deverá seguir , nem criar regras que guiem o mesmo.  O papel desta, segundo Weber,  é apenas oferecer uma analise individual, sem juízo de valor, para que tenha se possa  ter uma visão holística da ação social". 


"Se para Durkheim, a Sociologia é a ciência que estuda os fatos sociais, para Max Weber, a unidade básica da análise sociológica é a ação social, isto é, um comportamento humano que se refere ao comportamento de outros – em seu sentido visado pelo agente ou agentes –, pelo qual se orienta em seu decurso. A tarefa da Sociologia é “compreender interpretativamente” essa ação social. Já aqui, percebe-se uma distinção fundamental entre Weber e Durkheim. Enquanto este estava mais preocupado com o poder de coerção dos fatos sociais e com sua natureza supra-individual, aquele se detinha sobre a conexão de sentido da ação social, e sobre sua natureza relacional entre indivíduos, grupos e sociedades. Se Durkheim se preocupava com os elem
entos sociais que existem para além do indivíduo e das concepções individuais, a atenção de Weber era voltada para o sentido que os agentes dão às ações que realizam." 

Ao final da aula é esclarecido o conceito de estado e todas as suas implicações o que pode encontrado resumido nDicionário Houaiss, data do século XIII e designa"conjunto das instituições (governo, forças armadas, funcionalismo público etc.) que controlam e administram uma nação"; "país soberano, com estrutura própria e politicamente organizado" 


PARA APROFUNDAR 
UNIDADE I A SOCIOLOGIA COMO CIÊNCIA 
Sociologia Clássica

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